segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Os obstáculos que não vemos

Foto: Google

      Depois da leitura do livro “Como eu era antes de você” de Jojo Moyes, fiquei pensando muito em vários aspectos dele e tem uma coisa que não sai da minha cabeça,a vida de um tetraplégico. Há momentos em que nos colocamos no lugar do protagonista.
       No livro Will sofreu um grave acidente e fica tetraplégico, só que ele não se conforma com o seu estado atual. Antes do acidente ele gostava de praticar esportes, tinha sua empresa e sua liberdade. Agora se vê preso em seu próprio corpo. Qualquer coisa que ele queira fazer precisa dá ajuda de alguém, e isso o incomoda muito. Então ele se isola não quer mais sair de casa e nem ao menos conversar com alguém e tudo o que ele responde é com arrogância.
      Um dos maiores desafios para um cadeirante é subir em uma calçada, isso é uma coisa que fazemos todos os dias e nem nos importamos, mas para um cadeirante é uma barreira que o impede de ir para qualquer lugar. Muitos lugares não tem estrutura para um deficiente físico, e é um direito deles que todos os estabelecimentos públicos tenham estrutura para receber um cadeirante, mas nem sempre isso é respeitado.
       Na maioria das vezes os tetraplégicos não aceitam o seu estado físico e acabam tirando à própria vida, como aconteceu com Will. E isso nos faz colocar no lugar dele e pensar o que faríamos no lugar dele? Tentaria um recomeço ou a vida tinha acabado no momento do acidente? Nada do que acontece na vida da gente é fácil, passamos por desafios constantemente e para uma pessoa que não consegue nem ao menos pegar um copo de água os desafios multiplicam.
      Vale ressaltar também que existem tetraplégicos que vê isso como um novo recomeço e aprendizado, que não se abala com o acontecimento e vai aprender a viver da melhor forma possível respeitando o seu limite. E nos ensina que a vida não pode parar e que temos de aproveitar cada minuto da melhor maneira e acima de tudo não devemos reclamar da vida que temos. Ao acordar pela a manhã agradecer por mais um dia de vida e saúde.
       Por isso, ajudar àqueles que precisam é fundamental, para um deficiente físico isso é a melhor coisa que você pode fazer por ele. Ajudar a subir à calçada, a subir para o ônibus ou até mesmo nos pequenos gestos podemos mudar à vida de uma pessoa. Isso Louise nos ensinou muito bem no livro, e uma coisa que não podemos fazer para um cadeirante e Will nos mostrou muito bem isso é tirar suas escolhas, as escolhas na maioria das vezes é o que resta para um deficiente físico. 

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