A entrevista de hoje é com o autor Gui Ortolan, escritor do livro Poesia Falante Arte Pensante, sua primeira obra literária publicada pela a editora Chiado. Gui é formado em publicidade e mora em Criciúma-SC, publicou seu primeiro livro em 2016, só encontrou incentivo para publica-lo fora do Brasil, em Portugal. Escreve poesia desde a adolescência, as noites frias, os livros e as músicas de Humberto Gessinger são sua fonte de inspiração. Seu livro mistura poesia, desenhos e formatos de textos bem diferentes. Confira abaixo a entrevista.
1-Poesia Falante Arte Pensante é seu primeiro livro
publicado, onde surgiu a ideia de juntar a poesia com desenhos e como foram
juntar estas duas coisas tão diferentes, principalmente na poesia?
A Poesia é um jogo de palavras, uma arte
escrita. O desenho é um jogo de traços, uma arte ilustrada. Juntar os dois foi
uma questão de vontade em criar uma obra totalmente diferente, que cativasse
mais o leitor através da reflexão e do bom humor.
2- O livro é todo dinâmico,
cheio de figuras, textos escritos na horizontal e na vertical, o que te inspirou
e motivou para diferenciar essa obra?
O livro precisa prender a atenção do
leitor. Precisa ser criativo, interativo e ter um bom conteúdo, se não ele é
descartado. Não queria que o meu livro fosse apenas mais um, queria que ele
realmente fosse diferenciado e chamasse atenção. Eu quis resgatar a vontade das
pessoas em pegar novamente um livro na mão e se sentir bem, seja rindo ou
refletindo.
3- Em relação às figuras
que contém no livro, o que foi pensado? Foi você que desenhou?
Não, as figuras foram feitas por Clésio
Amador, um ilustrador aqui de Criciúma/SC. Eu passava a poesia escrita pra ele
e o deixava totalmente à vontade com sua interpretação ilustrada. Essa
liberdade resultou em formas e desenhos incríveis.
4- O processo de
planejamento de um livro é bastante demorado e cheio de detalhes, quanto tempo
durou desde o planejamento até a publicação?
Como eu escrevia desde a adolescência, eu
tinha um bom conteúdo guardado. E quando surgiu a ideia de juntá-los numa obra,
foi um processo intenso e bem rápido, em torno de 6 meses a obra já estava
sendo impressa.
5- Quais foram os desafios
encontrados na produção do livro?
O desafio foi
grande. Infelizmente, incentivo cultural e financeiro em nosso país é bem
complicado, imagina no interior de Santa Catarina. As Editoras que eu entrei em
contato no Brasil, não retornaram ou mesmo, eu tinha que desembolsar um valor
muito alto para quem estava começando. Encontrei só fora do país, em Portugal,
através da Editora Chiado.
6- Quais os lugares ou
momentos que mais te inspira em criar a poesia?
Um dia mais friozinho e na madrugada,
pois o silêncio é muito inspirador. E claro, as músicas e os livros de Humberto
Gessinger são fundamentais em minha vida. Sem elas, eu não teria energia o
suficiente para escrever.
7- Na poesia Sábio Espelho Irmão, como foi escrever
uma poesia para ser lida olhando para o espelho? E como foram as reações dos
leitores?
Desde a primeira palavra do livro até a
última, possui reações diferentes ao serem lidas. O Sábio Espelho Irmão, não é
diferente. Escrita ao contrário, estimula o leitor a viajar na imaginação de
uma forma diferente e surpreendente. Estou muito feliz com o reconhecimento e
reações. O livro está sendo bem por crianças de 12 a idosos acima de 65 anos.
8-Você pretende escrever
outros livros? O que podemos esperar?
Este ano pretendo apenas divulgar o
livro: Poesia Falante Arte Pensante, mas a partir do ano que vem, com certeza,
as madrugadas e as músicas de Humberto voltarão a serem minhas amigas
inspiradoras. Esse livro foi o primeiro de muitos. Sou formado em Publicidade,
mas a partir de agora, a Propaganda vai ter que dividir espaço com o Gui
escritor.
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