sexta-feira, 13 de outubro de 2017

[Coluna] Escritas Intermináveis

Monstros também amam


Uma das dores mais intensas que já senti na vida, foi a de transformar meu coração em pedra. Acredite, dói muito. Dói porque você precisa tirar as coisas boas e bonitas que há nele. Dói porque você precisa esvaziar ele, e coração vazio... machuca!

Eu te conheci num dia qualquer, que se tornou um dia único. Eu não tô mais acostumada com isso de sentir, de amar. Eu costumo afastar as pessoas de mim, e erro tanto com isso... Você brotou flores no meu coração de cimento, e na primeira chance que eu tive de te afastar de mim, eu a usei. Pode me chamar de monstro, tudo bem.

Ouço isso tantas vezes que não me fere mais. Mas te amar me feriu. Deixar você entrar na minha vida, me feriu. Te magoar, me feriu. Desculpe. Eu espero que um dia possa perdoar alguém tão fraca como eu, e que as feridas que te causei, que Deus as cure. De coração.

Mas é que eu já congelei tão bem meus sentimentos que qualquer sinal de amor e carinho, eu saio de perto. É meu jeito estranho. Mas você fez tudo florescer aqui. Me arrancou sorrisos. E agora, te vendo partir, estou transformando tudo em caos e aprisionando num lugar distante onde eu possa te esquecer o mais rápido possível. Monstros sabem amar.


Eu amei você. 






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